sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Poema by myself...

Doce vazio

Embrenhei-me por matas sombrias

Abrindo caminho por uma floresta de silêncio

Nadando por um mar de lamentos

Cavalgando por um vale de sofrimentos

Até rasgar a sangria

E ver que após o nada

No abismo infinito

Além do vazio

Tudo que há

É o frio

Como o Arauto do silêncio

O andarilho do asfalto

Montado no meu corcel negro

Cavalguei durante eternidades

Pra chegar no lugar onde comecei minha jornada

Parti de manhã, quase na madrugada

Cheguei um pouco inifinitamente depois

Bem na alvorada

Junto do revoar dos corvos

E bem de fronte da ravina

Onde jazem minhas esperanças

Que um dia viveram

Mas depois da guerra e do silêncio

Descansaram em paz

E depois se tornaram em lamentos

Lembrança no meio de esquecimentos

Eternidades no meio de momentos

Ira no meio de alentos

Maldição no meio de talentos

Agora servem de alimento para meu corcel

Extensão de mim mesmo

Guerreiro cruel

Tendo nas veias amargo fel

Coloco meu elmo, da cor do vazio

E sigo em frente

Já é quase madrugada

Volto daqui um pequeno infinito

Perto da alvorada

- Milton Vinícius

2 comentários:

André HP disse...

Fantástico Milton! Fantástico.

Uma das melhores coisas que li nos útimos dias. Perfeito! Só para constatar: você é niilista e, talvez, nem saiba.

Nasir disse...

Oi,Miltão! Blz? Bem legal, o seu poema! Olha, passei aqui para te avisar que o "Mais Café" retomou as atividades...tá meio devagar ainda, mas é por quê a cafeteira ainda está esquentando...passa lá, uma hora dessas! Um abraço!