segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Sobre fones de ouvidos e smartphones...


Há algum tempo tenho prestado atenção em dois comportamentos que me saltam aos olhos. O primeiro, no meu trabalho, são os alunos constantemente usando fones de ouvido na escola. Sou professor de matemática, matéria que já predispõe os estudantes a sentirem vontade de não prestar atenção na aula. O segundo, em rodas de amigos e familiares, são pessoas o tempo todo mexendo no seu smartphone. Na escola os alunos parecem trocar um espaço que têm para adquirir saberes por uma música[1] no celular. Nas rodas de conversa (ou até mesmo durante uma refeição) algumas pessoas parecem trocar aquele momento de convívio por um sms, whatsapp ou atualização de rede social.

No lugar de de aprender alguma coisa que contribua para sua vida, fones de ouvido. No lugar de partilhar com os presentes como foi seu dia, o celular. Em ambos os casos, podia-se ouvir a música ou ver sua atualização no smartphone depois. Mas parece que existe gente que prefere substituir momentos da vida real por fragmentos de algo virtual. Deixa-se de conversar pra cutucar. Deixa-se de ouvir um professor para ouvir um cantor.

Cada um com seus problemas e gostos, mas me parece ser contra o senso comum disputar a atenção de um aluno com alguma música da moda, ou disputar a atenção de alguém à mesa com alguma atualização. Talvez eu esteja exagerando, ou talvez eu só precise de um iPhone. Como dizia um comentário que eu li por aí na internet: "smartphones, stupid people".


[1] Ou pior, por funk!

domingo, 29 de setembro de 2013

Vim, vi e vi de novo...

   

     Eu já fui como o Mike Teavee, o garoto fissurado em televisão do filme "A Fantástica Fábrica de Chocolate". Chegava a passar horas em frente da TV. Hoje em dia quase não assisto. Mas esses dias, na casa da minha noiva, assisti por alguns minutos e reparei que a televisão (aberta) me trás uma sensação de ciclicidade, de já vi[1].

     Não há como ver um programa de (tentativa de) humor da RedeTV e não se lembrar de trocentos outros baseados em bordões que você já viu antes. Ou ver no programa do Rodrigo Faro algumas pegadinhas e se pegar pensando "o que aconteceu com o Ivo Holanda[2]?". Ver alguma família ser ajudada pelo Luciano Huck e lembrar do Gugu fazendo isso no Domingo Legal. Ou ainda ver o Adamastor Pitaco cantando as melôs no programa da Eliana.

     Existem coisas boas na TV aberta, mas pela amostra que eu tive, um domingo à tarde parece ter um gosto de comida requentada várias vezes. Mais do mesmo. Fico pensando, já que é pra vermos sempre as mesmas fórmulas, não seria melhor se voltassem a passar Chaves? Se não, talvez teria sido melhor ir ver o filme do Pelé!


[1] Fiz uma piada com déjà vu. Troféu Carzalberdenóbrega pra mim \o/
[2] Ou ainda o Jibe! Saudades da Ruth Ronsi.