quarta-feira, 5 de maio de 2010

Um diálogo...

Um diálogo que provavelmente nunca aconteceu, e que muito provavelmente seria improvável.

Numa lanchonete genérica, uma moça espera seu pedido no balcão. Um cara se aproxima da moça:

[cara] Olá. Está afim de ir ver um filme no cinema?
[moça] Nossa! Mas nós nem ao menos nos conhecemos!
[cara] Eu vou direto ao ponto. Sem rodeios. Acho mal trato com os animais.
[moça] Bem, eu até estava querendo ir ver um filme. Estava com vontade de assistir Lula, o filho do Brasil.
[cara] Bobagem. Você pode ver esse tipo de coisa no horário eleitoral. E de graça.
[moça] Mas em todo o caso, nós nem nos apresentamos ainda. Qual é a sua graça?
[cara] Na verdade eu nem tenho muito graça. Pra você ter uma ideia, uma vez tentei fazer um show de stand-up e fui um fracasso. Também, só fazia piadas politicamente corretas. Quem já viu um político correto?
[moça] Então você não gosta de humor negro?
[cara] Gosto sim. Meu preferidos são Chris Rock, Richard Pryor e o Hélio de La Peña.

Nesse instante, um grupo de uma ONG genérica entra na lanchonete genérica distribuindo preservativos gratuitamente.

[moça] Olha que iniciativa interessante.
[cara] Sim. É um serviço de utilidade púbica. Pessoas distribuindo camisinhas, que gozado! Vendo isso, me lembrei de uma coisa que não me entra na cabeça.
[moça] Como as jovens hoje em dia engravidam prematuramente mesmo existindo tantos métodos contraceptivos?
[cara] Não! Um chapéu-panamá na loja ali da esquina. É três números menor que o meu.

O balconista então liga a TV, que transmite algo sobre um serviço que era feito pelo governo e agora é iniciativa privada.

[moça] O que você acha sobre esse lance da iniciativa privada?
[cara] Nunca achei nada. Talvez porque nunca procurei. Mas penso que se do governo foi pra iniciativa privada, é porque já devia ser uma bela bosta.
[moça] Oh! Me desculpe, mas eu preciso ir.
[cara] Você me liga?
[moça] Mas eu não tenho o seu celular.
[cara] Você quer o meu celular?
[moça] Sim.

O cara tira do bolso um telefone celular e entrega à moça.

[cara] Mas toma cuidado com ele, pois ainda não terminei de pagar.
[moça] Olha, apenas me encontre aqui amanhã, no mesmo horário, ok?
[cara] Bem, se você vai se perder, melhor eu te encontrar mesmo.
[moça] Amanhã nos vemos então.
[cara] Acho difícil.
[moça] Por que?
[cara] Sou deficiente visual.
[moça] Ah! Vai se f%#&*!!!
[cara] Bem que eu queria ser auto-suficiente pra isso! Assim não precisaria puxar papo com mulheres doidas como essa.


RÁ!