segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

DAS COISAS SIMPLES QUE SE TORNAM AS MELHORES (Ou "O dia em que comemos pizzas congeladas no natal")


Quase dez anos atrás (ou um pouco mais do que isso), minha tia Ana, meu irmão e eu rodamos as ruas de Paraibuna atrás de um mercadinho aberto para comprarmos algo para comer no natal. Não comemoramos o natal, mas aproveitamos o feriado.
Naquele dia, após muito andar, encontramos apenas o mercadinho da Gracita aberto. A única coisa que encontramos foram algumas pizzas congeladas. No caixa, a atendente mandou um "Mas pizza no natal?". Retribui com um "Eu sou judeu.", enquanto segurava uma pizza congelada de calabresa.
Quando voltamos para a casa da Vovó Pedrina, rimos do ocorrido. "O natal é nosso, comemos o que nós queremos.", brincava a Vovó, já transformando tudo em causo.
E aquele foi o natal mais marcante da minha vida. Não tínhamos árvore de natal, não tínhamos chester, nem peru. Mas tínhamos as pizzas congeladas, café quentinho e as risadas ao redor da mesa. E a Vovó, também tínhamos a vovó.
E as pizzas? Ruins pra caramba. Mas não pior do que a saudade da Vovó.
É por isso que todo natal me dá vontade de comer pizza congelada. E de chorar, lembrando daquele dia. E da Vovó.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Divagar...

     

     Esses dias eu estava escrevendo um texto, e me lembrei de um amigo de infância. Aliás, de infância não, porque quando o conheci já tinha uns 14 anos. E também não era amigo, estava mais para conhecido. Costumávamos jogar bola. Bom, ele era um perna de pau, jogava nada. Aliás, era um cavalo. Já quase quebrou a perna de um outro cara. E nem foi expulso. Juiz ladrão. O cara foi para o pronto socorro, tirou chapa, mas não quebrou nada. No dia demorou para ser atendido. Teve um acidente de carro. O pai de uma menina da minha sala morreu na hora. Ela estava toda ensanguentada e chorando quando nós chegamos.

     Ela ficou umas duas semanas sem ir para a escola. Quando ela voltou, os professores não cobraram nenhum trabalho dela. Menos a dona Roberta, professora de português, que pediu que ela entregasse dois trabalhos sobre literatura. Só não pediu o relatório do livro que todos tinham que fazer. Sorte dela. Livro de Machado de Assis, chatura que só. Bem que ela podia nos mandar ler, sei lá, uns gibis do Homem Aranha. Ou do Batman. Sim, do Batman, gosto mais da DC. Aliás, os últimos filmes do Batman, isso sim que é filme de super herói.

     Fui ver o último na pré estreia. Sala lotada. Depois ainda assisti mais uma vez. Filme bom, vejo duas vezes. Que nem aquele do Wagner Moura, Tropa de Elite. Melhor filme brasileiro que eu já vi. Grande ator o cara. E eu estava dizendo… ah sim! O meu conhecido. Me lembrei dele esses dias enquanto escrevia um texto. Ele nem bem terminava um assunto, e já entrava em outro. Eita rapaz pra divagar!

terça-feira, 22 de outubro de 2013



A situação está difícil (imagina para quem fala "imbigo")! Como eu sou um cara polivalente, resolvi ganhar um trocado a mais. Quem quiser meus serviços do Pai Miltão Diogum, é só deixar um comentário. Segue a lista de meus serviços:

- Leio minha mão na sua cara, faço mapa de baixo astral e escrevo seu horóscopo baseado em Cavaleiros do Zodíaco!

- Vejo o futuro nas cartas de Yu-Gi-Oh!, jogo tazos e faço leitura em borra de açaí!

- Faço numerologia com ábaco!

- Curo ressaca com física quântica!

- Baixo santo (internet 3G), pomba gira, roda e faz pirueta; jogo cartas (truco!), búzios, bingo e bilhar!

- Prevejo seu futuro - com ou sem spoilers

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Sobre fones de ouvidos e smartphones...


Há algum tempo tenho prestado atenção em dois comportamentos que me saltam aos olhos. O primeiro, no meu trabalho, são os alunos constantemente usando fones de ouvido na escola. Sou professor de matemática, matéria que já predispõe os estudantes a sentirem vontade de não prestar atenção na aula. O segundo, em rodas de amigos e familiares, são pessoas o tempo todo mexendo no seu smartphone. Na escola os alunos parecem trocar um espaço que têm para adquirir saberes por uma música[1] no celular. Nas rodas de conversa (ou até mesmo durante uma refeição) algumas pessoas parecem trocar aquele momento de convívio por um sms, whatsapp ou atualização de rede social.

No lugar de de aprender alguma coisa que contribua para sua vida, fones de ouvido. No lugar de partilhar com os presentes como foi seu dia, o celular. Em ambos os casos, podia-se ouvir a música ou ver sua atualização no smartphone depois. Mas parece que existe gente que prefere substituir momentos da vida real por fragmentos de algo virtual. Deixa-se de conversar pra cutucar. Deixa-se de ouvir um professor para ouvir um cantor.

Cada um com seus problemas e gostos, mas me parece ser contra o senso comum disputar a atenção de um aluno com alguma música da moda, ou disputar a atenção de alguém à mesa com alguma atualização. Talvez eu esteja exagerando, ou talvez eu só precise de um iPhone. Como dizia um comentário que eu li por aí na internet: "smartphones, stupid people".


[1] Ou pior, por funk!

domingo, 29 de setembro de 2013

Vim, vi e vi de novo...

   

     Eu já fui como o Mike Teavee, o garoto fissurado em televisão do filme "A Fantástica Fábrica de Chocolate". Chegava a passar horas em frente da TV. Hoje em dia quase não assisto. Mas esses dias, na casa da minha noiva, assisti por alguns minutos e reparei que a televisão (aberta) me trás uma sensação de ciclicidade, de já vi[1].

     Não há como ver um programa de (tentativa de) humor da RedeTV e não se lembrar de trocentos outros baseados em bordões que você já viu antes. Ou ver no programa do Rodrigo Faro algumas pegadinhas e se pegar pensando "o que aconteceu com o Ivo Holanda[2]?". Ver alguma família ser ajudada pelo Luciano Huck e lembrar do Gugu fazendo isso no Domingo Legal. Ou ainda ver o Adamastor Pitaco cantando as melôs no programa da Eliana.

     Existem coisas boas na TV aberta, mas pela amostra que eu tive, um domingo à tarde parece ter um gosto de comida requentada várias vezes. Mais do mesmo. Fico pensando, já que é pra vermos sempre as mesmas fórmulas, não seria melhor se voltassem a passar Chaves? Se não, talvez teria sido melhor ir ver o filme do Pelé!


[1] Fiz uma piada com déjà vu. Troféu Carzalberdenóbrega pra mim \o/
[2] Ou ainda o Jibe! Saudades da Ruth Ronsi.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Rebaixamento, renúncia e RedeTV!...



Bacon Bacon Bacon!

Postagem nova no blog. Algo mais difícil do que alguém ser pago na RedeTV! A rede de TV que mais cresce no Brasil. Só que ao contrário. Mais alguém aí sentiu cheiro de Rede Manchete?

E acabou o carnaval! As piadinhas de "feliz ano novo" estão para essa época como o "é pavê ou pá cumê" está pro fim de ano. E por falar em carnaval, a Mancha Verde, escola de samba paulistana do Palmeiras, foi rebaixada. Do jeito que vão as coisas, se o Verdão for rebaixado mais uma vez, vai acabar apresentando um programa na RedeTV!

E o Papa, renunciou. Há rumores de que ele esteja se ausentando para filmar o novo filme da franquia Star Wars. Palpatine is back! E pode renunciar até a Rainha Elizabeth, mas o Sarney continua firme e forte. Aliás, o Sarney deve ser tipo o Sansão. Enquanto o bigode permanecer intacto, ele mantém seu poder. E sai o Sarney e entra o Renan Calheiros. Pela lógica, depois do Renan, o próximo presidente do Senado vai ser o Lex Luthor!

E como disse Einstein, "Três coisas são infinitas: o universo, a estupidez humana e o Sarney na política. E ainda não estou tão certo quanto a primeira". E como escreveu Renato Russo, "É preciso amar as pessoas como se não houvesse o PT nem o PSDB".

E agora que acabou aquele período do ano onde surgem aquelas pérolas, chamadas de hits do verão, fiquem com uma bela canção de Jim Croce.




E eu vou nessa, antes que eu acabe renunciando o blog.
Volto outro dia desses.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Ih, nojento... é o... Tchan!



Bacon bacon bacon!

E faltam apenas 3 dias pro mundo acabar. E os últimos sinais do apocalipse se revelam!
Corinthians campeão do mundial. Aliás, ganharam a Libertadores e o Mundial. Se os corintianos aprenderem a ler e arrumarem os dentes, não vai ter como fazer mais piadas com eles. E acho que os torcedores da fiel não vão poder mais zoar os sãopaulinos pelo apelido de bambi. Domingo eu vi um bando de corintiano gritando "nóis é bi! Nóis é bi!". Bom pra eles. Eu continuo hétero. Só vou torcer pra algum time o dia em que fundarem o bacon futebol clube. E sabem como os corintianos vão voltar ao Brasil? Eles vão fazer um arrastão na pedreira da Toei e vão roubar o Daileon!

E por falar em fim do mundo, o Sarney vai ficar na presidência por 3 dias. O mundo acaba, mas o Sarney continua firme e forte. E outro sinal do fim do mundo: o "É o Tchan" vai voltar ano que vem. Sabe, o mundo acabar daqui a três dias não parece algo tão ruim agora.

Vou dar uma ideia na NASA. Quando a Curiosity voltar, ela poderia tentar encontrar sinais de vida inteligente aqui na Terra. E passou o 11-11-11 e o 12-12-12, e o mundo não acabou. Pelo menos no ano que vem não teremos um 13-13-13. Mas teremos o "É o Tchan".

E eu vou nessa, aproveitar o que me resta antes do fim do mundo. Antes acabe o mundo do que se acabe o bacon.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Músicas com Letras Psicodélicas: Bienal...

Essa é uma música cantada por Zeca Baleiro e Zé Ramalho, meio que fazendo uma crítica ou só tirando sarro da arte contemporânea. A letra é psicodélica.





Desmaterializando a obra de arte do fim do milênio
Faço um quadro com moléculas de hidrogênio
Fios de pentelho de um velho armênio
Cuspe de mosca, pão dormido, asa de barata torta
Meu conceito parece, à primeira vista,
Um barrococó figurativo neo-expressionista
Com pitadas de arte nouveau pós-surrealista
calcado da revalorização da natureza morta
Minha mãe certa vez disse-me um dia,
Vendo minha obra exposta na galeria,
"Meu filho, isso é mais estranho que o cu da jia
E muito mais feio que um hipopótamo insone"
Pra entender um trabalho tão moderno
É preciso ler o segundo caderno,
Calcular o produto bruto interno,
Multiplicar pelo valor das contas de água, luz e telefone,
Rodopiando na fúria do ciclone,
Reinvento o céu e o inferno
Minha mãe não entendeu o subtexto
Da arte desmaterializada no presente contexto
Reciclando o lixo lá do cesto
Chego a um resultado estético bacana
Com a graça de Deus e Basquiat
Nova York, me espere que eu vou já
Picharei com dendê de vatapá
Uma psicodélica baiana
Misturarei anáguas de viúva
Com tampinhas de pepsi e fanta uva
Um penico com água da última chuva,
Ampolas de injeção de penicilina
Desmaterializando a matéria
Com a arte pulsando na artéria
Boto fogo no gelo da Sibéria
Faço até cair neve em Teresina
Com o clarão do raio da silibrina
Desintegro o poder da bactéria
Com o clarão do raio da silibrina
Desintegro o poder da bactéria


E ainda achei duas tirinhas sobre arte moderna. Nada contra, é só que eu gosto de tirar sarro das coisas.





RÁ!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Descontos, programas matinais e Japão sob ameaça...



Bacon, bacon, bacon!

Existe uma lenda urbana que diz que se você assistir em sequência os programas "Mais Você", "Bem Estar" e aquele da Fátima Bernardes seu cérebro se desliga e você vira um funkeiro. E esse programa da mulher do Bonner, dizem que é muito, mas muito chato e dá sono. Deveriam colocar ele de noite, depois da novela. Seria tipo um serviço público aos insones.

E essa black friday? A sexta-feira da semana da consciência negra. Mas tem nada ver, essa sexta é sobre descontos. E há quem diga que esses descontos são uma mentira. Tipo "tudo pela metade do dobro do preço"!

No primeiro parágrafo eu falei da TV aberta. Esses dias rolou um papo no programa da Ana Maria Braga sobre um tal mantra, o Beduzupo. O guru que foi lá disse que se você pronunciasse essa palavra (que ele inventou) você ficaria mais jovem. É mesmo o fim do mundo. E o fim das pautas de programas matinais. Pra que? Eu digo, pra que tirar desenho animado e colocar essas coisas de manhã?

Fazer o que. Mas é mesmo o fim do mundo. Curíntia campeão da Libertadores, político condenado por escândalo... tô até com medo. E por falar em Curíntia, os torcedores corintianos irão pro Japão. Tá aí um tipo de ameaça que eu acho que Ultraman, Jaspion, Kamen Rider e Jiraya jamais pensaram enfrentar. Mas se os torcedores saírem por aí destruindo as coisas, não tem problema, os japas estão acostumados com monstros gigantes destruindo tudo o tempo todo. A única diferença é que vão gritar "é curíntia" ao invés dos grunhidos do Godzilla.

E eu vou nessa, aproveitar minha Black Friday. Mas sem comprar nada, senão terei um fim de ano com a conta no red.

RÁ!